"Contando e cantando Luiz Gonzaga"
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Colégio Panorama Jovem
Disciplina(s): Análise linguística, literatura
e produção textual
Professores-orientadores: Augusto Lima,
Conceição Ferreira e Wanda Patrícia
Série: 1º
ano
Turma:
Amarelo
Turno: Manhã
Alunos: Ana
Carolina;
Guilherme Henrique;
Ingrid Lira;
Israel Andrade;
Luana Alves;
Clara
Tuany.segunda-feira, 11 de junho de 2012
Biografia de Luiz Gonzaga:
Luiz Gonzaga do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o "rei do baião".
Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. Dele, recebeu importantes lições musicais.
Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira música que gravou em 78 rpm; disco de 78 rotações por minuto), um tema de sabor regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional.
Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.
Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua". E com ela teve outro filho que Lua a Chamava de Rosinha.
Gonzaga sofria de osteoporose. Morreu vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal. Sua música mais famosa é Asa Branca
Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. Dele, recebeu importantes lições musicais.
Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira música que gravou em 78 rpm; disco de 78 rotações por minuto), um tema de sabor regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional.
Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.
Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua". E com ela teve outro filho que Lua a Chamava de Rosinha.
Gonzaga sofria de osteoporose. Morreu vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal. Sua música mais famosa é Asa Branca
Análise de “A Triste Partida”
A música "A Triste Partida" a qual fez um
grande sucesso na voz do ilustríssimo Luiz Gonzaga, fala do nordeste em período
de grande seca. Inicialmente a letra nos mostra que os meses foram se passando
e a chuva que é tão importante para a região, não veio. Procura mostrar o medo
de viver na miséria do povo, que apela para as simpatias que costumam prever se
vai chover ou não, já que a chuva é parte do instrumento de trabalho de um
agricultor. As barras que Patativa de Assaré (compositor) fala na letra, são as
barras de chuva, que se formam no céu e dão esperança de quem vem chuva logo.
Assim como as pedras de sal que eram expostas ao sereno, e os que se
desmanchavam com o efeito do mesmo, indicavam os meses que iria haver chuva. Mas essas barras não se formaram, como previam na época de natal, essas que eram
de grande necessidade, pois simbolizavam que o próximo ano teria um bom inverno.
Ao decorrer da música vemos que se passam janeiro, fevereiro
e nada muda, fazendo então, o “nortista” (nordestino) pensar consigo se seria algum
castigo de Deus. Passa-se março, mês que tem um dia reservado às crenças. De
acordo com o agricultor, se no dia 19 de março (dia de São José) chover, virá
chuva por algum tempo, mas a chuva não veio.
Após tanto tempo sem a preciosa chuva, o homem nordestino perde as
esperanças. Em busca de vida melhor, ele diz à família que vai vender tudo o
que eles têm para viver em “terras alheias”, mas ainda com esperança, crendo
que vão voltar para sua terra, e tudo ficará bem novamente.
Vendendo
todos os seus pertences por muito pouco dinheiro, para um fazendeiro poderoso,
o nortista vai com a cara e a coragem, basicamente apenas com as roupas do
corpo, põe sua família em um caminhão e de acordo com a distância de sua terra,
aumenta a saudade da mesma, terra esta que por mais sofrida que fosse a vida
lá, era o seu lugar.
Ao
chegar a São Paulo, o nortista vai logo em busca do propósito, emprego, vida
melhor. Depois de muita humilhação, o
pobre homem consegue um trabalho, e pela falta de recursos, pede dinheiro ao
seu patrão para suprir não só suas necessidades, mas também, de sua família,
fazendo assim dívidas sobre dívidas, e sem poder pagar um “tostão”. Trabalha
por vários anos, para primeiramente quitar as dívidas, mas sempre pensando no
seu velho, sofrido e tão bom sertão.
Na Música “A Triste Partida”, Patativa do Assaré
mostrou exatamente o que muitas famílias pobres do interior do Nordeste faz: o
êxodo rural, que infelizmente já se tornou uma característica nordestina. Esta
música foi apenas um terço de todo o sofrimento pelo qual famílias têm passado
ainda nos dias de hoje, famílias com homens e mulheres trabalhadores que se
tornam escravos do seu próprio destino e não podem fazer nada em relação a
isso.
Ingrid Lira de Barros.
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